Candidato à prefeitura de São Gonçalo (RJ), Brizola Neto passou a campanha inteira invocando o “legado” de seu avô, Leonel Brizola. Certamente imaginou que a população gonçalense havia se esquecido que, em seus últimos anos de vida, o velho caudilho já era, politicamente, um cadáver insepulto.
Após o seu segundo mandato à frente do governo do Rio – marcado pelo considerável aumento da criminalidade no estado –, Brizola nunca mais conseguiu vencer uma eleição. Tentou ser presidente (1994), vice-presidente (na chapa de Lula, em 1998), prefeito do Rio (2000) e senador (2002). E deu com os burros n'água em todas as oportunidades.
São Gonçalo soube dizer não a Brizola Neto – cujo olhar sombrio lhe credenciaria tranquilamente a uma vaga de cientista do mal em algum filme do Batman: o ex-ministro do Trabalho e Emprego do governo Dilma terminou a eleição em quarto lugar.

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