sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Da série ‘Epígrafes’: Lula


Este cidadão simpático que está falando para vocês não tem nenhuma razão para respeitar a decisão de ontem.”


(O condenado Lula, na manhã de ontem, em São Paulo, lançando a sua pré-candidatura à Presidência da República. Sem comentários.)


Da série ‘Epígrafes’: João Pedro Stédile


Aqui vai um recado para dona Polícia Federal e para o Poder Judiciário: não pensem que vocês mandam no país.”


(João Pedro Stédile, que, em seu delírio, imagina que é o MST quem manda no Brasil. Coitado...)


Da série ‘Fotos’: Cristiano Ronaldo

Ah, não acredito! Tirou selfie do corte?

Ronaldinho Gaúcho anuncia aposentadoria


Ronaldinho Gaúcho foi o único jogador no planeta que ganhou uma Copa do Mundo (2002), uma Liga dos Campões da Europa (2005-06), o prêmio de Melhor do Mundo (2004 e 2005) e uma Libertadores da América (2013). Extremamente veloz e dono de uma habilidade sobrenatural, foi um dos três melhores que já vi jogar na vida. Acreditem: no auge da carreira, quando atuava pelo Barcelona, superava, de longe, Messi e Cristiano Ronaldo — embora, provavelmente pelo conhecido apreço à boemia, tenha tido números menos expressivos do que o argentino e o português.

Não por acaso, conseguiu, em 2005, a façanha de ser aplaudido de pé pela torcida do Real Madrid (!), em pleno Santiago Barnabéu, na vitória de seu time contra os donos da casa por 3 a 0, com direito a show do brasileiro.

O anúncio da aposentadoria de Ronaldinho Gaúcho — algo que, a bem da verdade, ele já deveria ter feito há, pelo menos, uns dois anos —, encerra um capítulo importante do futebol mundial. Não acredito que surja tão cedo — se é que um dia surgirá — outro jogador com tamanho talento. Um verdadeiro artista da bola.



“Acreditem: no auge da carreira, quando atuava pelo Barcelona, superava, de longe, Messi e Cristiano Ronaldo” Exagero? Vejam esse vídeo:




Manchester United 3 x 0 Stoke City, 15 de janeiro de 2018


Debaixo de um frio de 6º — e chovendo, para piorar a situação —, o Manchester United consegue colocar 74.000 torcedores dentro do estádio para assistir um jogo de futebol em uma segunda-feira à noite.

Sinceramente, o amor que o povo inglês nutre pelo futebol é um negócio que chega a comover.


Carlos Heitor Cony (1926 — 2018)


O jornalista e escritor Carlos Heitor Cony, falecido no dia 05 de janeiro, aos 91 anos, era membro da Academia Brasileira de Letras — e, portanto, merece respeito. 

Contudo, é impossível nutrir simpatia genuína por um cidadão que, tendo sido demitido do jornal Correio da Manhã durante a ditadura militar, acionou o estado por ter sido “prejudicado” e ganhou uma indenização R$ 1,4 milhão, além de uma pensão mensal de R$ 19 mil. Dinheiro público que poderia ser aplicado em hospitais, amigos.

Mesmo assim, descanse em paz.


Sobre Cristiane Brasil


Somente no Brasil o Ministério do Trabalho é ocupado por uma ré em duas ações trabalhistas (!) — tendo sido, aliás, condenada em uma delas.


Da série ‘Epígrafes’: Chico Buarque


Acho que vou começar a usar fones na rua. Gosto de caminhar e, por onde caminho, nos bairros chiques do Rio, as pessoas finas passam com seus carros grandes e gritam: 'viado filho da puta', 'viado, vai pra Cuba', 'vai pra Paris, viado'. O único consenso é o 'viado'.”


(Na estreia de sua turnê nacional, em Belo Horizonte, Chico Buarque ironizou o tratamento que tem recebido em suas caminhadas no Rio. Particularmente, não sou favorável a insultar ninguém gratuitamente na rua — seja famoso ou não. Se temos algo contra uma pessoa, simplesmente devemos... ignorá-la. E, no caso do cantor, há um agravante: esse tipo de atitude acaba dando “munição” a tipos como o articulista d'o Globo que, em sua sua resenha repleta de ressentimento, afirmou que “a Caravana de Chico passa” enquanto “os cães (!) ladram”. Vejam só: o cara escreve no jornal um negócio com esse grau de virulência... e os outros é que têm “ódio”...)


Léo Moura: papelão


Jogador do Flamengo durante dez anos, Léo Moura, atualmente no Grêmio, decidiu comemorar o título da Libertadores provocando o ex-clube no Instagram. “Nós cheiramos a título”, disparou, em vídeo, o já grisalho lateral, na companhia do goleiro Paulo Victor, também ex-Fla. Um verdadeiro papelão.

Ingrato e rancoroso, Léo prefere não levar em consideração que foi tratado com respeito pelo clube até a sua transferência para o Strikers (EUA) — com direito, inclusive, a jogo de despedida (!). Algum tempo depois, declarou à imprensa estar “arrependido” de ter saído. No ano seguinte, já com 36 anos, tentou voltar à Gávea. O Flamengo tinha direito de não querer. E não quis. 

No entanto, ao que parece, ele não digeriu bem a recusa.

Léo Moura precisa entender o óbvio: casos como o meia Zé Roberto — que se aposentou recentemente, aos 43 anos (!), ainda atuando em alto nível — são raros, muito raros. Tanto que, apesar de posar todo sorridente ao lado da Taça Libertadores, Léo — a exemplo do já mencionado Paulo Victor — é reserva no Grêmio.


Renato Gaúcho: bicampeão da Libertadores


Maior ídolo da história do Grêmio, Renato Gaúcho tornou-se ontem o primeiro brasileiro a vencer a Libertadores como atleta — diga-se de passagem, um dos melhores pontas-direitas que esse país já viu — e como técnico. 

Longe de ser propriamente um “estudioso” do futebol, Renato, na condição de treinador, usa toda a malandragem (no bom sentido) que acumulou ao longo dos anos que passou dentro das quatros linhas. Como podemos perceber, após um início claudicante na nova profissão, passou a dar certo.

Além disso, o que se sabe é que ele, apesar do lado irônico e provocador, é um cara do bem. O recente caso do jovem torcedor gremista com câncer que quis conhecê-lo e acabou tendo a surpresa de se encontrar com o time inteiro é um exemplo. E há vários outros: quando atuou no Fluminense, em 1995, o clube estava com os salários atrasados às vésperas do Natal. Compadecido, emprestou dinheiro para os companheiros passarem as Festas.

Todo o sucesso do mundo para Renato Gaúcho. Ele merece.


Zé Roberto anuncia aposentadoria


São raríssimos os jogadores profissionais que atuam até os 43 anos de idade (!). E o que é mais espantoso: em alto nível.

Todo o meu respeito ao meia Zé Roberto.


Da série ‘Fotos’: Ana Maria Braga

Já sei: andou brigando com o papagaio.

Renato Gaúcho: gesto nobre


Torcedor do Grêmio, Wilian Lima Garcez Júnior, 22 anos, luta contra um câncer da pleura. Uma campanha nas redes sociais clamava pelo encontro do técnico da equipe, Renato Gaúcho, com o rapaz. Após ser informado pelo seu assessor de imprensa, Renato pediu para que Wilian fosse levado por seus familiares ao Centro de Treinamento do clube.

Ao entrar no auditório do CT, Willian, emocionado, se deparou com uma surpresa preparada pelo treinador: todo o elenco do Grêmio foi recepcioná-lo. E ele ainda recebeu uma camisa autografada por todos os jogadores.

Resumindo: nunca será “só” futebol. E que Deus abençoe Renato Gaúcho por este gesto de tamanha nobreza.


Da série ‘Perguntar Não Ofende’: Chris Martin, do Coldplay


A minha simpatia e meu respeito por Chris Martin só fazem aumentar. No dia 08 de novembro do ano passado, o vocalista do Coldplay fez um pocket show surpresa para crianças internadas no Instituto do Coração, em São Paulo.

E não é a primeira vez: Martin já visitou fãs doentes nas Filipinas e na Espanha. Claro, podem dizer que se trata de uma “jogada de marketing do gringo”. Mas o cinismo de alguns já não me surpreende nem um pouco.


Em tempo: se perguntar não ofende, alguém já viu Caetano Veloso fazendo algo semelhante, em vez de ficar apoiando um sujeito como Guilherme Boulos?



Sobre ‘Stranger Things’


Sabendo que Stranger Things é uma ode aos anos 1980, a princípio não me interessei pela série. Apesar de nutrir um carinho especial pela década na qual passei minha infância, a nostalgia, decididamente, não está entre as minhas características.

Entretanto, com o lançamento da segunda temporada na Netflix, decidi enfrentar a minha própria resistência e tentar assistir. E não é que gostei? 

O seriado não é nada do outro mundo — com o perdão do trocadilho —, mas o roteiro é interessante e os quatro (cinco? seis?) protagonistas são fantásticos. Além disso, David Harbour está ótimo na pele de Jim Hopper, o delegado da cidade de Hawkins, onde a trama se desenrola. 

Recomendo. 


Da série ‘Epígrafes’: Richalison, atacante do Watford


Eu tinha visto umas fotos dele nas redes sociais, então deu para identificar. Mas música dele eu não conheço nenhuma, não. Meu negócio é funk e um pagodinho.”


(Richalison, atacante do Watford, da Inglaterra, sobre o encontro com o presidente de honra do seu atual clube — um certo... Sir Elton John.)


Benito Di Paula vs. Carlos Marun


Vale a pena ver de novo: Benito Di Paula desfiando o todo o seu repertório... de palavrões. Mas simplesmente não há como tirar a razão dele.



Da série ‘Epígrafes’: Caetano Veloso


Não sei dizer se foi censura, não sou um técnico. Mas dá a impressão de que não é um ambiente propriamente democrático. Pode ser um modo de reprimir uma ação que seria legítima.”


(Em mais um exercício de pura desonestidade intelectual, Caetano Veloso preferiu desconsiderar que a decisão judicial menciona que, “por razões de segurança”, o acampamento do MTST era um “local inapropriado para a realização de um evento daquela natureza”. Não obstante, sendo um homem rico, Caetano poderia pagar a multa — estipulada em R$ 500 mil — e fazer o show. Mas todos sabemos que todo idealismo fajuto se encerra quando mexem no bolso...)


Sergio Cabral vs. Marcelo Bretas


Pelo visto, virou moda o réu insultar o juiz. Mas a insolência acabou sendo um mau negócio para Sergio Cabral: o ex-governador recebeu uma senhora invertida do magistrado, que, além disso, aceitou o pedido do Ministério Público para transferi-lo para um presídio federal em Campo Grande (MS).



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Da série ‘Epígrafes’: Lula


Não perco o meu tempo ouvindo Gil e Caetano”.


(Lula, em entrevista à revista Playboy, nos anos 1980)


A prisão de Carlos Arthur Nuzman


Sei que isso não é algo agradável de se dizer. Mas, mesmo sendo carioca, não abro mão de ser realista: do ponto de vista estrutural, somente a propina explica a escolha do Rio como sede das Olimpíadas de 2016, em detrimento a uma cidade como Madri. 

E a verdade veio à tona.


Sobre Mano Menezes


Durante a final da Copa do Brasil, em duas faltas duras cometidas pelo Cruzeiro, a câmera focalizou o técnico da equipe mineira, Mano Menezes — sim, o mesmo que, um dia, foi classificado por Romário como “o pior treinador da seleção brasileira de todos os tempos”.

Na primeira infração, Mano fez um gesto com mãos insinuando que o adversário havia “se jogado”. Na segunda — um carrinho de lado, quase por trás —, fez um sinal negativo com o indicador, discordando do cartão amarelo recebido pelo agressor.

No momento em que o futebol brasileiro padece com a violência entre as torcidas, é triste constatar que existe um profissional com essa mentalidade dentro das quatro linhas.


Da série ‘Fotos’: Rocinha


Foto da página principal do site d'O Globo: aterrorizadas, moradoras da Rocinha se protegem do tiroteio. Sem exagero: o Rio vive um clima de guerra.


Da série ‘Fotos’: Jair Bolsonaro

Bolsonaro “homofóbico”? Como assim?

Da série ‘Fotos’: Rodrigo Janot e Pierpaolo Bottini


Analisemos detalhadamente a foto que causou tanta polêmica. Rodrigo Janot afirmou que é “frequentador” do local. Hum. Não que seja proibitivo — aliás, considerando o tamanho da barriga, ele parece ser bem chegado a uma “gelada”. Mas não deixa de ser um bocado estranho que o procurador-geral da República seja habitué de um muquifo desses.

Mais estranho ainda é que Janot tenha ido ao seu pé-sujo preferido para não beber... nada — Pierpaolo Bottini, advogado de Joesley Batista, degusta sozinho uma cerveja artesanal. E que não tenha tirado os óculos escuros à noite dentro de um recinto fechado. 

Sem mais.


P.S.: a Ambev e a Heineken agradecem o marketing gratuito. A Itaipava deve estar morrendo de inveja.


Da série ‘Epígrafes’: Rodrigo Janot


Passei a régua e, felizmente, Lula e Dilma estão limpos”.


(Rodrigo Janot, Procurador-Geral da República, em fevereiro de 2015. "Felizmente" é o máximo...)