terça-feira, 31 de maio de 2016

Da série ‘Epígrafes’: Dilma Rousseff (2)


Temos que defender o nosso legado.”


(Dilma Rousseff, na mesma entrevista. “Legado”? Como assim?)


Da série ‘Epígrafes’: Dilma Rousseff (1)


Ah, sei lá.”


(Dilma Rousseff, quando perguntada por Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, “onde havia errado”.)


sexta-feira, 27 de maio de 2016

Da série ‘Epígrafes’: Michel Temer


"Não sou fraco. Fui secretário de Segurança Pública de São Paulo duas vezes. Tratava com bandidos."


(Michel Temer, se esquecendo de dizer que continuou lidando com bandidos durante os cinco anos em que esteve na vice-presidência...)


segunda-feira, 23 de maio de 2016

Sobre Romero Jucá


Em menos de 12 horas (!) após o vazamento dos (comprometedores) diálogos de Romero Jucá, é bem provável que o então ministro do Planejamento tenha recebido uma ligação de Michel Temer dizendo algo do tipo: “o desgaste será menor se você se afastar voluntariamente do governo, Jucá”. E assim foi feito.

Resumindo: apesar de ter no currículo a mácula – sim, não há outra definição – de ter sido vice de Dilma Rousseff por cinco anos, o presidente em exercício não pode ser comparado à petista – que não foi capaz de demitir, entre outros, Aloízio Mercadante. 

Não, Temer não é Dilma. Ainda bem.


domingo, 22 de maio de 2016

Sobre a recriação do Ministério da Cultura


É evidente que não subestimo a importância da cultura para qualquer povo. Muito pelo contrário. No entanto, considerando as atuais circunstâncias, impossível discordar de Regina Duarte: a cultura poderia, sim, nesse momento grave em que vivemos, ficar “hospitalizada”. Para que o governo tivesse outras prioridades.

Sendo assim, considero que Michel Temer não deveria, sob hipótese alguma, rever a decisão (temporária, sem sombra de dúvida) de extinguir o Ministério da Cultura. Por um motivo singelo: demonstrar que não cede à “pressão” de quem que seja.

Sou contrário a qualquer tipo de “caça às bruxas”. Contudo, acredito que a população brasileira deveria olhar com outros olhos para essa cambada – nomes aos bois: Frejat, Leoni, Lenine, Caetano Veloso, Arnaldo Antunes, Otto, Seu Jorge, Renata Sorrah e Erasmo Carlos, entre outros –, que não vieram a público se manifestar pelos 11 milhões de desempregados. Nem pelo rombo de R$ 170 milhões deixado por Dilma Rousseff no orçamento do governo para 2016. Ou seja, estão preocupados somente com a própria imagem. E, consequentemente, com as suas contas bancárias.

Vou além: penso que os artistas supracitados não deveriam apenas se apresentar no Palácio Capanema, no Rio, e ir embora para casa. Não. Poderiam permanecer amotinados no local por tempo indeterminado. Mas “à lá” Anthony Garotinho: fazendo greve de fome. Acreditem: na condição de presidente, eu os deixaria ficar bem magrinhos...


Da série ‘Epígrafes’: Renato Janine Ribeiro


A anunciada recriação do Ministério da Cultura mostra que esse é o governo mais suscetível a pressões dos últimos anos. Isso decorre, obviamente, de sua vulnerabilidade. Razão a mais para pressionar e protestar”.


(Renato Janine Ribeiro, ex-ministro da Educação do governo Dilma. Entendem agora por que Michel Temer jamais poderia ter cedido à pressão dessa súcia?)


Da série ‘Epígrafes’: Eduardo Cunha


Acredito que possa ter havido um golpe no Brasil, sim. Mas um golpe de sorte: do país ter se livrado de Dilma e do PT de uma vez só”.


(Eduardo Cunha, em entrevista a Mariana Godoy. Desculpem-me, mas... impossível discordar dele.)


sexta-feira, 20 de maio de 2016

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Da série ‘Epígrafes’: Chico César


 “Não reconheço Michel Temer como poeta nem como presidente”. 


(Chico César, autor de “Mama Africa” (A minha mãe / é mãe solteira / e tem que fazer mamadeira...), em entrevista recente. É um direito dele. Particularmente, também não reconheço o paraibano como cantor nem como compositor. É um direito meu. Estamos quites.)


quarta-feira, 18 de maio de 2016

Bolsa de Nova York suspende negociação de ações da Eletrobras


Além da Petrobras, a Eletrobras também foi vítima da (desastrosa) administração do PT. A consultoria KPMG, contratada para fazer a auditoria do balanço de 2014, não quer assinar o documento – por não conseguir calcular os prejuízos decorrentes de possíveis irregularidades. Afinal, a empresa está sendo investigada na Operação Lava-Jato.

Resultado: a Bolsa de Nova York suspendeu hoje a negociação das ações da empresa. Com isso, existe a possibilidade de a estatal ter que pagar R$ 40 bilhões (!) para compensar o prejuízo de seus investidores.

Detalhe: a Eletrobras registrou no ano passado um prejuízo de R$ 14,44 bilhões – o maior prejuízo desde a sua fundação e o décimo maior da história das empresas de capital aberto brasileiras.

E, apesar disso tudo, a sra. Sônia Braga tem coragem de fazer aquele papelão em Cannes...


sexta-feira, 13 de maio de 2016

Sobre Michel Temer


Afirmar que Michel Temer, por ter sido vice de Dilma Rousseff durante cinco anos, é “tão responsável quanto ela” pela aguda crise em que o Brasil se encontra é, por assim dizer... uma imprecisão. Afinal, todos sabemos que Dilma sempre foi centralizadora e jamais permitiria que outra pessoa desse a palavra final em decisões importantes do governo. Seria mais apropriado dizer que Temer, foi, sim, “conivente” com a situação – visto que, se estivesse realmente insatisfeito, teria rompido com o governo há muito tempo.

Por outro lado, não se pode negar que Temer é um indivíduo experiente, respeitoso e que sabe dialogar – virtudes que Dilma jamais possuiu. Não foi à toa que o PT o escolheu para ser vice nas chapas de 2010 e 2014, além de tê-lo colocado na Coordenação Política do governo Dilma, no início de 2015. Portanto, criticá-lo agora é pura incoerência.

Houve quem, em uma atitude pueril, exigisse que Temer renunciasse (!) logo após o impeachment da presidentA afastada. Convenhamos: algum de vocês, no lugar dele, renunciaria? É evidente que não. E o mais importante: ao longo de todo esse processo, a Constituição – cujo texto, aliás, o PT se recusou a assinar em 1988 – não deixou de ser observada em momento algum. 

Ao assumir a Presidência, Temer adotou um tom conciliador, buscando pacificar a sociedade. As ideias que expôs até agora, caso venham a ser concretizadas, serão benéficas para o país. Sendo assim, torçamos por ele. Mesmo porque não nos resta, nesse momento, uma alternativa melhor.

E seja o que Deus quiser.


O impeachment do dente de Renan Calheiros


Não foi apenas Dilma Rousseff que sofreu impeachment: o dente de Renan Calheiros também. Ou será que foi um Tic Tac?


quinta-feira, 12 de maio de 2016

Dilma Rousseff: o fim de um pesadelo


A exemplo de milhões de brasileiros que, desde 2013, protestaram nas ruas, sites, blogs e redes sociais, sinto, nesse momento, a alegria e a serenidade dos vitoriosos. Afinal, ver Dilma Rousseff pelas costas é como o fim de um... pesadelo. 

Contudo, sejamos realistas: a sua saída não representará uma recuperação da economia do país a curto prazo. Uma coisa, no entanto, é certa: o Brasil não suportaria mais dois anos e meio de sua lamentável administração.

Em seu discurso de despedida, Dilma teve a desfaçatez de falar mais uma vez em “golpe”. Como assim? “Golpe” às claras, transmitido ao vivo por TV e rádio e com o aval da Suprema Corte – que, aliás, sempre foi tão “simpática” a ela? Faça-me rir.

A lamentar, somente a forma como a presidentA decidiu se retirar: pela porta da frente do Palácio do Planalto. Sinceramente, adoraria vê-la literalmente rolando rampa abaixo. Pela sua arrogância, por ter enganado seus eleitores de modo tão sórdido em 2014 e por ter aniquilado o país, ela bem que merecia (mais) esse vexame.


Da série ‘Perguntar Não Ofende’: Lula, o primeiro a ser exonerado


Perguntar não ofende: adivinham quem foi o primeiro ministro do governo Dilma a ser exonerado?


O discurso de Fernando Collor no impeachment de Dilma


Seria uma enorme injustiça não reconhecer o brilhantismo do discurso de Fernando Collor [em foto de Wilton Junior, do Estadão] na noite de ontem. Embora tenha aproveitado o momento (histórico) para “advogar em causa própria” – fazendo comparações pertinentes entre o rigor aplicado no seu processo de impeachment, em 1992, e o de Dilma Rousseff –, o senador mostrou que enxerga com inegável clareza a real situação do país, tecendo duras críticas ao governo do qual foi aliado.

Entre os mais de 70 inscritos, Collor, dono de uma retórica simplesmente impecável, foi o único que conseguiu ser ouvido no mais respeitoso silêncio pelos demais senadores. Quando desceu do plenário, vários de seus pares fizeram questão de cumprimentá-lo. Inclusive, membros da “tropa de choque” da presidentA, como Vanessa Grazziotin e Gleisi Hoffmann...


terça-feira, 10 de maio de 2016

Da série ‘Epígrafes’: Delcídio do Amaral


Eu, como líder do governo, eu agi. O presidente Lula me pediu isso e, em outras situações também, a própria presidente Dilma. Aí, curioso, eu fui chamado de mentiroso. , um líder de governo chamado de mentiroso? Eu fui líder dela.


(Em entrevista concedida após o seu depoimento na Comissão de Constituição e Justiça, Delcídio do Amaral cala o Palácio do Planalto.)


Waldir Maranhão: Andy Warhol acerta mais uma...


Mais uma vez a profecia de Andy Warhol se confirmou: o deputado Waldir Maranhão (PP-MA) também teve os seus 15 minutos de fama...



sábado, 7 de maio de 2016

Da série ‘Perguntar Não Ofende’: e o ‘fora Renan’?


Não resta a menor dúvida de que seria uma temeridade que um cidadão como Eduardo Cunha permanecesse na presidência da Câmara dos Deputados – e, em especial, na linha sucessória da presidência da República (!). O problema, no entanto, ainda não está resolvido.

Em caso de viagem ou impedimento de Michel Temer, o atual presidente da Câmara, Waldir Maranhão – por sinal, também investigado na Lava-Jato – não assume a presidência – por ser interino. Nessas circunstâncias, quem passa a despachar no Palácio do Planalto é o presidente do Senado. Sim, ele mesmo: Renan Calheiros. 

Aliás, perguntar não ofende: por que o PT, partido de conduta tão... er, ilibada, gritou “fora Cunha” aos quatro ventos, mas sequer murmurou “fora Renan”?


quinta-feira, 5 de maio de 2016

Sobre Marina Silva e o impeachment


Marina Silva não deve ter ficado lá muito contente com o impeachment de Dilma Rousseff. Sim, porque a ex-ministra do Meio Ambiente afirmou que preferiria a cassação da chapa Dilma-Temer e a realização de novas eleições. De acordo com Marina, Michel Temer "é tão responsável quanto Dilma" pelo descalabro pelo que o país atravessa. O que até faz sentido, claro. Entretanto, não se trata apenas disso.

Ambiciosa, Marina almeja o poder. E imaginava que a presidência poderia lhe cair no colo através do voto popular ainda esse ano – pouco se importando com o custo de cerca de R$ 600 milhões (!) que o TSE teria com o processo. E, cá para nós: a fundadora do Rede Sustentabilidade quer chegar ao Palácio do Planalto... para quê? Qual a agenda de Marina Silva? Que política econômica ele implantaria no Brasil? Que experiência administrativa ela possui?

A questão ambiental? Bem, ela conseguiu a proeza de não se pronunciar a respeito da tragédia de Mariana (MG). E colocou a culpa na imprensa – que "não a procurou". Filha, já ouviu falar em... redes sociais?

Recentemente, fiéis da igreja evangélica que frequenta cobraram dela uma postura mais "contundente" em relação ao impeachment. Com a soberba de sempre, respondeu: "só Deus pode me julgar". Não, senhora: seus eleitores também podem.

A ex-senadora é expert em se recolher em momentos delicados e se manifestar somente quando julga conveniente. Em português claro: é uma oportunista. Cultiva a imagem de "sacerdotisa da floresta", mas não tem nada de boba. Decididamente, Marina Silva nunca me enganou.


segunda-feira, 2 de maio de 2016

Da série ‘Epígrafes’: Lula


Esse cara esteve comigo hoje. Como ele faz isso? Ele ia votar com a gente”.


(Lula, aparentemente estupefato com o fato de Tiririca ter votado a favor do impeachment de Dilma Rousseff. No Facebook, o deputado humorista retrucou o ex-presidente: “quem me conhece sabe que não participo de nenhum tipo de reunião que envolva minhas convicções e crenças. O meu voto veio do coração e de acordo com o que acredito. Vim do povo, sou do povo e trabalho para o povo”. Das duas, uma: ou Lula está mentindo – o que surpreenderia ninguém; ou os dois realmente se encontraram, mas, na hora h, Tiririca decidiu dar uma “calça arriada” no petista...)