sexta-feira, 13 de maio de 2016

Sobre Michel Temer


Afirmar que Michel Temer, por ter sido vice de Dilma Rousseff durante cinco anos, é “tão responsável quanto ela” pela aguda crise em que o Brasil se encontra é, por assim dizer... uma imprecisão. Afinal, todos sabemos que Dilma sempre foi centralizadora e jamais permitiria que outra pessoa desse a palavra final em decisões importantes do governo. Seria mais apropriado dizer que Temer, foi, sim, “conivente” com a situação – visto que, se estivesse realmente insatisfeito, teria rompido com o governo há muito tempo.

Por outro lado, não se pode negar que Temer é um indivíduo experiente, respeitoso e que sabe dialogar – virtudes que Dilma jamais possuiu. Não foi à toa que o PT o escolheu para ser vice nas chapas de 2010 e 2014, além de tê-lo colocado na Coordenação Política do governo Dilma, no início de 2015. Portanto, criticá-lo agora é pura incoerência.

Houve quem, em uma atitude pueril, exigisse que Temer renunciasse (!) logo após o impeachment da presidentA afastada. Convenhamos: algum de vocês, no lugar dele, renunciaria? É evidente que não. E o mais importante: ao longo de todo esse processo, a Constituição – cujo texto, aliás, o PT se recusou a assinar em 1988 – não deixou de ser observada em momento algum. 

Ao assumir a Presidência, Temer adotou um tom conciliador, buscando pacificar a sociedade. As ideias que expôs até agora, caso venham a ser concretizadas, serão benéficas para o país. Sendo assim, torçamos por ele. Mesmo porque não nos resta, nesse momento, uma alternativa melhor.

E seja o que Deus quiser.


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