domingo, 22 de maio de 2016

Sobre a recriação do Ministério da Cultura


É evidente que não subestimo a importância da cultura para qualquer povo. Muito pelo contrário. No entanto, considerando as atuais circunstâncias, impossível discordar de Regina Duarte: a cultura poderia, sim, nesse momento grave em que vivemos, ficar “hospitalizada”. Para que o governo tivesse outras prioridades.

Sendo assim, considero que Michel Temer não deveria, sob hipótese alguma, rever a decisão (temporária, sem sombra de dúvida) de extinguir o Ministério da Cultura. Por um motivo singelo: demonstrar que não cede à “pressão” de quem que seja.

Sou contrário a qualquer tipo de “caça às bruxas”. Contudo, acredito que a população brasileira deveria olhar com outros olhos para essa cambada – nomes aos bois: Frejat, Leoni, Lenine, Caetano Veloso, Arnaldo Antunes, Otto, Seu Jorge, Renata Sorrah e Erasmo Carlos, entre outros –, que não vieram a público se manifestar pelos 11 milhões de desempregados. Nem pelo rombo de R$ 170 milhões deixado por Dilma Rousseff no orçamento do governo para 2016. Ou seja, estão preocupados somente com a própria imagem. E, consequentemente, com as suas contas bancárias.

Vou além: penso que os artistas supracitados não deveriam apenas se apresentar no Palácio Capanema, no Rio, e ir embora para casa. Não. Poderiam permanecer amotinados no local por tempo indeterminado. Mas “à lá” Anthony Garotinho: fazendo greve de fome. Acreditem: na condição de presidente, eu os deixaria ficar bem magrinhos...


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