domingo, 16 de novembro de 2014

A verdadeira origem do Bolsa Família



Em um país com desigualdades sociais gritantes como o nosso, seria uma temeridade cogitara extinção do Bolsa Família. Aliás, embora o PT não goste de admitir, o programa foi criado no governo FHC, com o nome de Bolsa Escola, sob a batuta do então Ministro da Educação, o falecido Paulo Renato.

No governo Lula, houve uma fusão do Bolsa Escola com o Bolsa Alimentação, por sugestão do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) — coisa que o PT igualmente “se esquece” de mencionar.

Já com o nome alterado para Bolsa Família, o programa passou de cinco para alarmantes 56 milhões (!) de beneficiários. Entretanto, em vez de “comemorar” o feito, o governo deveria se envergonhar de ter aumentado dessa forma o número de pessoas que precisam receber o auxílio.

E o mais curioso é constatar o que Lula pensava sobre “assistencialismo” antes de chegar à Presidência...



Lula, Fernando Henrique, o governo de transição e a ‘herança maldita’



Na sucessão presidencial de 2002, o candidato do governo era José Serra. E, apesar de sua proximidade com o correligionário — que, além de amigo pessoal, foi seu ministro em duas pastas, Planejamento e Saúde —, FHC respeitou a liturgia do cargo que ocupava: ou seja, não deu um pio durante as eleições. E foi além: confirmada a vitória de Lula, convidou o presidente eleito para iniciar o governo de transição, em uma atitude republicana. E inédita na história do País.

Em 2010, Lula provou que a postura de seu antecessor não o “inspirou” nem um pouco: simplesmente “chutou” para longe a governança, perambulando de palanque em palanque, na obsessão de eleger o seu “poste búlgaro”. Pior: da maneira mais imunda possível, passou a dizer que havia recebido uma “herança maldita” da administração anterior.

Enfim, tirem as suas próprias conclusões.


Eduardo Azeredo, a ‘compra de votos da reeleição’, etc


Em 1997, os partidos de oposição — entre eles, o PT — eram maioria no Congresso. Portanto, se tinham tanta certeza da veracidade da alegada “compra de votos” da reeleição, por que não levaram à Justiça? Será que ficaram com “dó” de FHC? A resposta é simples: tratava-se de uma mentira tão deslavada quanto dizer que Marina Silva acabaria com o 13º salário. Ou que Aécio Neves privatizaria a Petrobras.

Por outro lado, é verdade que Eduardo Azeredo está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal por supostas irregularidades ocorridas durante o período em que era governador de Minas Gerais. Observem, no entanto, a colocação: Azeredo está sendo... julgado. Ainda não foi condenado — ao contrário de José Dirceu, João Paulo Cunha e José Genoíno, entre outros.

Aliás, caso a responsabilidade de Azeredo venha a ser comprovada, ele tem mais é responder pelos seus atos — e não ser considerado “vítima” ou “super-herói”, com um lençol amarrado no pescoço. E certamente ninguém teria/terá a ideia estapafúrdia de fazer uma “vaquinha” em seu favor.


Dilma Rousseff e a demissão de ‘Paulinho’ Roberto Costa



Dilma Rousseff, no debate da TV Record, no dia 28 de setembro: “Na verdade, uma coisa tem que ficar bem clara! Quem demitiu o Paulo Roberto Costa fui eu!”. 

Bem, segundo matéria do jornal O Globo, não é o que diz a ata da reunião da Petrobras, realizada em 2012: o documento não deixa dúvidas de que o ex-Diretor de Abastecimento — que Lula carinhosamente chamava de “Paulinho” —, não foi demitido. E, sim... renunciou ao cargo.

Pior: na ocasião, foi congratulado pelos “relevantes serviços prestados” (!) à empresa.


Da série ‘Epígrafes’: Lula e a ‘situação ruim’


Lula, no dia 29 de setembro, em São Paulo: “Se a situação está tão ruim, por que tem gente que vota no Alckmin ainda?”.

Respondo ao ex-presidente com outra pergunta: se Dilma Rousseff é vaiada aonde quer que vá, como conseguiu se reeleger?


Da série ‘Epígrafes’: Lula ‘Robin Hood’



A coisa está tão grave que é pobre roubando pobre. Eu, antigamente, via: ‘Bandido roubou um banco’. Ficava preocupado, mas falava: 'Roubar um banqueiro… O banqueiro tem tanto que um pouquinho não faz falta’. Afinal de contas, as pessoas falavam: ‘Quem rouba mesmo é banqueiro, que ganha às custas do povo’. Eu ficava preocupado. Era chato, mas era… Sabe, alguém roubando rico.”


Na noite do dia 24 de setembro, em Santo André, Lula deixa claro que, dependendo de quem é a vítima, o crime pode ser algo justificável...)


Dilma Rousseff: “diálogo” com o Estado Islâmico



Em recente discurso na ONU, a nossa dileta presidentA sugeriu o “diálogo” (!) com os terroristas sírios que cortam as cabeças de seus reféns.

A questão é: será que ela pensa em conversar com eles... pessoalmente?


A privatização da Telebras e a “febre” dos celulares



Já pararam para observar que várias pessoas que, na ocasião, condenaram a privatização das empresas de telecomunicações são as mesmas que, atualmente, não desgrudam de seus celulares um minuto sequer?

Vai entender...


Lulinha: o “Ronaldinho do mundo dos negócios”



Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente Lula, trabalhava como monitor do zoológico de São Paulo. À época, deveria ter um ordenado de, no máximo, dois salários mínimos. Quando Lula chegou à Presidência, em 2003, Lulinha fundou a Gamecorp, que passou a produzir conteúdo jovem para celulares.

Em 2005, a Gamecorp teve parte de suas ações compradas pela Telemar, atual Oi, no valor de R$ 5 milhões (!) — ainda que o capital de sua empresa fosse de apenas cem mil reais. Sujeito “de sorte”, não? Não é à toa que Lula chama o filho — que hoje possuiria um avião (!) que custou “alguns” milhões de reais — de “Ronaldinho do mundo dos negócios”.



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Por outro lado, a JBS, dona da marca Friboi, afirmou “desconhecer” os detentores de 13% das ações da companhia. Investigações apontaram que trata-se da americana Blessed, que é operada por duas seguradoras sediadas em paraísos fiscais diferentes. As pessoas físicas responsáveis pela empresa? Ninguém sabe. É estranho que uma indústria desse porte ignore quem são os seus acionistas, concordam?

Há rumores de que Lulinha — que seria dono de fazendas do tamanho do estado do Sergipe — também faria parte desse investimento. O que, aliás, ajudaria a explicar a ascensão meteórica da empresa, sempre envolvida em caríssimas campanhas de marketing — bancada por bilhões (!) de reais, emprestados pelo BNDES.


Apresentação

Tenho escrito sobre música no decorrer dos últimos dez anos, tanto em veículos impressos quanto on line. Contudo, existem outros temas de meu interesse — como a política, por exemplo. Inclusive, em meu blog, eventualmente abordei outros assuntos, embora sempre cioso de não me desviar da temática principal daquele espaço: sim, a música.

Entretanto, a eferverscência das eleições de 2014 compeliram-me a emitir, em público, as opiniões que meus familiares e amigos conhecem de longa data. Como instrumento para essas pensatas, escolhi o meu (até então pouco utilizado) perfil da rede Google+

O resultado foi absolutamente espantoso: em pouco tempo, a visitação atingiu os cincos dígitos diários. Consequentemente, pude comprovar a reação dos leitores: gentis quando concordavam com as colocações expostas; e furiosos em caso de discordância. Faz parte.

Daí a surgir a ideia de organizar todo esse conteúdo em um novo blog, não demorou muito. Afinal, somos “animais políticos”, como afirmou Aristóteles. E fugir dessa condição é ser conivente com o surgimento do “político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais”, segundo a observação atemporal de Bertolt Brecht.

Não cogito me distanciar em definitivo da música. A bem da verdade. mesmo se quisesse, não conseguiria. No entanto, reinventar-se é sempre salutar para o ser humano. E a reinvenção, não posso negar, é também uma das premissas desse projeto.

Sejam todos bem-vindos.